Israel comete mais um "assassinato seletivo"

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Helicópteros do Exército de Israel dispararam mísseis contra um carro na zona norte da Cidade de Gaza, matando um militante foragido do Hamas e ferindo três pedestres. O ataque ocorre às vésperas de uma visita do secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, que tenta persuadir as partes em conflito a começaram a se mobilizar na direção de um plano de paz elaborado por mediadores internacionais. Ainda nesta quinta-feira, um palestino explodiu um carro-bomba depois de lançar o veículo contra um tanque israelense na Faixa de Gaza. O militante morreu no ataque, segundo o Exército de Israel. As Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa assumiram a autoria da ação, num telefonema à sucursal da Associated Press. Outros três palestinos morreram em incidentes separados. O ataque na Cidade de Gaza causou a morte de Iyad al-Baeck, de 30 anos, e foi similar a dezenas de outras ações promovidas por Israel durante os mais de dois anos e meio de conflito. "Um míssil atingiu o carro pela frente e outro por trás. Havia pedaços de carne humana voando pelo ar", relatou o médico palestino Imad Mouhmmed, uma testemunha do ataque. O Estado judeu alega ter o direito de "isolar e matar" supostos militantes palestinos como parte de uma política de "autodefesa". Os palestinos acusam os israelenses de promoverem uma campanha para "varrer" seus líderes. O Hamas jurou vingar a morte. "Este novo crime sofrerá severas represálias", disse Abdel Aziz Rantisi, porta-voz do grupo islâmico. O primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, admitiu ter autorizado pessoalmente o "assassinato seletivo" contra Al-Baeck porque, segundo o Exército, ele era suspeito de "planejar novos atentados". Enquanto isso, perto de um assentamento judaico na Faixa de Gaza, soldados do Exército israelense mataram a tiros um palestino não identificado. Em Nablus, na Cisjordânia ocupada, o agricultor palestino Zahir Sholi, de 40 anos, foi morto a tiros por soldados do Exército quando transportava produtos no lombo de um burro. No campo de refugiados palestinos de Balata, perto de Nablus, um garoto palestino de 16 anos foi baleado no abdome e nas pernas por soldados israelenses que dispararam em reação a pedras jogadas por um bando de adolescentes.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.