Israel: comissão deve absolver presidente de assédio sexual

Katsav é suspeito de assédio sexual e violação de quatro ex-funcionárias públicas

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Comissão Parlamentar israelense para Assuntos Legislativos deve decidir nesta quarta-feira, 7, sobre se recomenda a cassação do presidente do Estado, Moshe Katsav, suspeito de graves crimes sexuais, mas os defensores da destituição estão em minoria. Fontes parlamentares afirmaram na manhã desta quarta-feira que, para a proposta de destituição ser aprovada e levada ao plenário do Parlamento (Knesset), serão necessários os votos de pelo menos 19 dos 25 membros da Comissão, o que não deve acontecer. Katsav, suspeito de assédio sexual e violação de quatro ex-funcionárias públicas, primeiro como ministro de Turismo e depois como presidente, está afastado de suas funções com o consentimento do Parlamento. No dia 2 de maio, ele vai expor sua defesa ao procurador-geral Menachem Mazuz, que decidirá se abre ou não um processo judicial. Duas legisladoras, Zahava Gal-On, do movimento pacifista Meretz, e Limor Livnat, do partido direitista Likud, promoveram a iniciativa na Comissão. Mas as fontes parlamentares garantem que elas serão derrotadas. Para a destituição de Katsav pelo Parlamento, seriam necessários os votos de 90 dos 120 representantes. O Partido Ortodoxo Shas e o Partido dos Aposentados, representados na Comissão, se opõem à destituição. Eles argumentam que é o Poder Judiciário que deve atuar no caso do presidente, e não a Knesset. Livnat e Gal-On, que exigiram uma votação nesta quarta-feira, afirmam que "se for comprovado que não há maioria, será uma desgraça para a Knesset, pois vai deixar o caminho aberto para manter como chefe de Estado um delinqüente sexual contumaz".

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