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Israel convoca embaixador francês após proposta sobre Esplanada das Mesquitas

França propôs ao Conselho de Segurança da ONU a defesa do desdobramento das forças internacionais no local

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Por Redação
Atualização:

JERUSALÉM - Israel convocou o embaixador da França em Tel Aviv para dar explicações sobre a proposta francesa feita ao Conselho de Segurança da ONU, que defende o desdobramento de forças internacionais na Esplanada das Mesquitas.

"Pensamos que a iniciativa francesa não serve para estabilizar a situação e não a consideramos útil, por isso queremos falar com o embaixador francês", explicou o porta-voz da chancelaria israelense, Emanuel Nahshon.

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O embaixador da França em Israel, Patrick Maisonnave, foi convocado na manhã desta segunda-feira, 19, para uma reunião na sede do Ministério das Relações Exteriores em Jerusalém com o diretor-geral adjunto para Assuntos Europeus, Aviv Shiron, e com o responsável de Organizações Internacionais, Roni Leshno.

Questionado sobre se a iniciativa francesa irritou o governo israelense e se essa convocação é comum, Nahshon disse apenas que "quando há situações desse tipo, sim".

O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, criticou no domingo a proposta francesa por considerar que ela ignora a agressão palestina, e reiterou ainda que só seu país pode preservar o status quo no recinto sagrado para muçulmanos e judeus.

"Israel não pode aceitar o projeto francês de resolução no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Não menciona a incitação palestina, não menciona o terrorismo palestino, e pede a internacionalização do Monte do Templo (como os judeus chamam a Esplanada das Mesquitas)", argumentou Netanyahu.

A França sugeriu ao Conselho de Segurança o envio de observadores internacionais aos lugares santos de Jerusalém, particularmente na Esplanada, para garantir a manutenção do status quo da área.

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Autoridades palestinas acusaram Israel de tentar mudar o status da Esplanada das Mesquitas, em razão do aumento das visitas de judeus nacionalistas para rezar no local.

Israel ocupou a área, que estava sob controle da Jordânia, assim como o resto de Jerusalém Oriental, na Guerra dos Seis Dias em 1967. Desde então, mantém o controle da segurança do local, enquanto o patrimônio islâmico é custodiado pela Jordânia em virtude de um acordo que determina que somente os muçulmanos estão autorizados a orar ali.

EUA. O secretário de Estado americano, John Kerry, disse nesta segunda-feira ser importante que os líderes israelense e palestino esclareçam o status do complexo da mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, e acertem medidas para acalmar a instabilidade na região.

Kerry afirmou que Israel tem o direito de se proteger contra atos arbitrários de violência. Já o líder israelense disse estar comprometido com o status quo da localidade sagrada.

“Não tenho nenhuma expectativa específica a não ser levar as coisas adiante, e isso irá depender das conversas em si”, afirmou Kerry aos repórteres. /EFE e REUTERS

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