
18 de fevereiro de 2011 | 20h54
JERUSALÉM - O governo de Israel convocou os palestinos nesta sexta-feira, 18, a retomarem imediatamente e sem condições as negociações diretas de paz entre as partes. O anúncio dos israelenses ocorrem pouco depois de os EUA vetarem no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) a resolução que considera as colônias judaicas na Cisjordânia como ilegais.
Veja também:
Infográfico: As fronteiras da guerra no Oriente Médio
Linha do tempo: Idas e vindas das negociações de paz
"O caminho é curto entre Ramallah e Jerusalém, e tudo o que os palestinos devem fazer é voltar à mesa de negociações sem condições prévias", disse Yigal Palmor, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores de Israel, segundo a agência de notícias AFP. "Só assim, e não recorrendo ao Conselho de Segurança, será possível avançar com o processo de paz", completou.
Os palestinos condenaram a decisão americana a informaram que "reavaliarão o processo de paz com os israelenses". O veto dos EUA contradiz os outros 14 membros do órgão, que apoiaram a resolução. O texto chama de "ilegais" os assentamentos judaicos na Cisjordânia e pede a paralisação imediata da expansão das colônias.
Os EUA dizem condenar a expansão dos assentamentos, mas afirmam que levar o caso à ONU só dificultará a retomada do processo de paz. Israel é aliado de longa data dos americanos e, caso a administração de Washington não vetasse a resolução, seria bastante criticada pelos parceiros.
O processo de paz foi retomado em setembro do ano passado graças à mediação americana, mas o fim de uma moratória temporária decretada por Israel sobre a expansão das colônias voltou a esfriar o diálogo. Os palestinos afirmam que só voltam às negociações caso os israelenses interrompam completamente as construções. A questão dos refugiados palestinos e o status de Jerusalém são outras complicações que devem ser discutidas entre as partes.
Leia mais:
Encontrou algum erro? Entre em contato