Israel dá início a ensaio clínico inédito com a quarta dose de vacina contra a covid-19

A ação do Hospital Sheba faz parte de um estudo com 6 mil pessoas que pretende verificar a eficácia e a necessidade de mais um reforço do imunizante para controlar a infecção pelo Sars-CoV-2 e suas variantes

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Por Redação
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JERUSALÉM- O hospital Sheba de Israel, próximo de Tel-Aviv, começou nesta segunda-feira, 27,a aplicar uma quarta dose da vacina contra a covid-19 da Pfizer em seis mil pessoas, incluindo 150 profissionais da saúde. A ação faz parte de um estudo clínico inédito que pretende verificar a eficácia e a necessidade de mais um reforço do imunizante para controlar a infeccção pelo Sars-CoV-2 e suas variantes. 

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O Sheba Medical Center afirmou que seu teste lançaria luz sobre a eficácia de uma quarta dose e ajudaria os tomadores de decisão a definir políticas de saúde em Israel e no exterior.

Israel confirmou 1.118 casos da Ômicron, variante de rápida disseminação, com o número de pessoas infectadas dobrando a cada dois dias. Um painel de especialistas do Ministério da Saúde israelense recomendou a aplicação de uma quarta dose da Pfizer nos seus cidadãos idosos (com 60 anos ou mais) que receberam uma injeção de reforço há pelo menos quatro meses.

Nachman Ash, diretor-geral do ministério, ainda não aprovou o reforço diante do debate público para checar se há informações científicas suficientes disponíveis para justificar uma nova dose. 

A vacinação comandada pelo Hospital Sheba com a quarta dose faz parte de um estudo clínico que para ser aplicado em todo país ainda precisa da aprovação do Ministério da Saúde de Israel Foto: Foto: REUTERS/Ronen Zvulun

De acordo com jornais israelenses, Ash deve tomar uma decisão ainda nesta semana. A imprensa também diz que Naftali Bennett, primeiro-ministro, pretendia começar a aplicação das doses adicionais o mais rápido possível, mas reconheceu que o diretor-geral do ministério tem a palavra final sobre o assunto.

O hospital não disse quanto tempo vão durar os exames. "Vamos examinar o efeito da quarta dose sobre o nível de anticorpos e morbidade e avaliar sua segurança", disse Gili Regev-Yochay, diretor do estudo, segundo a agência. "Vamos entender se vale a pena administrar uma quarta dose e a quem."

Os 150 profissionais da área médica de Sheba que participarão do teste receberam injeções de reforço antes de 20 de agosto./REUTERS

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Correções

Uma versão anterior desta reportagem continham a tradução errada da palavra inglesa "shot". O correto é "dose" e não "tiro".

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