Israel defende o uso de bombas de fragmentação no Líbano

"Israel não infringe nenhuma lei internacional no tipo de armamento que usa", disse porta-voz do governo; "seu uso está de acordo com os padrões internacionais"

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Por Agencia Estado
Atualização:

Um funcionário israelense defendeu nesta quinta-feira o uso de bombas de fragmentação pelas forças aéreas de Israel durante a guerra contra o Hezbollah no sul do Líbano, considerando como completamente, legal, em resposta às críticas de alto funcionário da ONU, que considerou o uso das bombas como "completamente imoral". Bombas de fragmentação, que tem a força explosiva para destruir veículos blindados, são colocadas dentro de bombas lançadas por aviões ou em projéteis de artilharia. Entre 200 a 600 bombas de fragmentação, oriundas de um só projétil, são lançadas em uma área do tamanho de um campo de futebol, e destroem blindados ou pistas de decolagem. Normalmente dez a 15 por cento das bombas de fragmentação não explodem imediatamente, mas durante décadas podem explodir sob o menor distúrbio, afirmam especialistas. Crianças confundem as bombas por baterias de lanterna, ou por outros objetos e, as pegam, causando a detonação. "Cidades foram cobertas com munição de fragmentação", afirmou funcionário da Human Rights Watch. "Elas foram lançadas no meio das cidades." O chefe humanitário da ONU, Jan Egeland, disse em coletiva de imprensa, que a maior parte das bombas falharam e não explodiram com o impacto, e continuam a mutilar, ferir e matar civis todos os dias. Ele afirmou ter ficado perturbado ainda mais pelo fato de que Israel usou esse tipo de arma quando o cessar-fogo já estava programado. O porta-voz do governo de Israel, Miri Eisin, disse que todas as guerras são lamentáveis, mas que Israel agiu de acordo com as normas internacionais. "Israel não infringe nenhuma lei internacional no tipo de armamento que usa", disse à agência de notícias AP. "Seu uso está de acordo com os padrões internacionais".

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