Israel desmente negociações com Hezbollah para troca de prisioneiros

Segundo a imprensa egípcia, troca de prisioneiros pode acontecer em três semanas

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Por Agencia Estado
Atualização:

O governo de Israel desmentiu nesta segunda-feira (28) a existência de negociações com a milícia xiita Hezbollah para uma troca de prisioneiros libaneses por dois soldados israelenses seqüestrados em 12 de julho, fato que acabou provocando o conflito no Líbano. Fontes governamentais citadas pela rádio pública israelense afirmaram que não há negociações com o secretário-geral do braço armado do Partido de Deus (Hezbollah), Hassan Nasrallah, que em declarações à televisão libanesa informou no domingo que a Itália participa dessas conversações. Funcionários israelenses disseram que o destino dos soldados capturados por comandos do Hezbollah é responsabilidade do governo do Líbano. "É ele o responsável pela liberdade incondicional prévia" dos militares, afirmaram. O jornal egípcio "Al-Ahram" informou no domingo que existem negociações para uma troca dos soldados israelenses por prisioneiros libaneses detidos em Israel, e que a Alemanha intervém como Mediadora. A ministra de Exteriores israelense, Tzipi Livni, se encontra na Alemanha para tratar, segundo comunicou seu escritório, da aplicação da resolução 1.701 do Conselho de Segurança da ONU, que possibilitou o cessar-fogo com o Hezbollah, e a participação do país europeu na força multinacional que reforçará a fronteira sul do Líbano. Segundo o jornal egípcio, a troca de prisioneiros aconteceria dentro de três semanas. Israel já trocou no passado detentos libaneses com o Hezbollah. As declarações de Nasrallah à televisão libanesa são notícia de primeira página em toda a imprensa israelense. Um dos jornais chegar a descrever as palavras do líder do Hezbollah como um "discurso de arrependimento", já que ele reconheceu que a captura dos soldados foi um erro que não teria sido cometido se a reação militar de Israel fosse prevista.

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