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Israel desmonta assentamento improvisado

Por Agencia Estado
Atualização:

A polícia israelense encontrou pouca resistência nesta quinta-feira, ao retirar cerca de 200 colonos judeus que estabeleceram um posto avançado improvisado na Cisjordânia, num local onde militantes palestinos mataram 12 militares israelenses no mês passado. Um enorme contingente policial - apoiado por soldados do Exército - utilizou alto-falantes para ordenar aos colonos que deixassem o assentamento judaico improvisado em uma rua de Hebron - perto do lugar onde militantes da Jihad Islâmica armaram uma emboscada contra soldados israelenses e seguranças, no último dia 15 de novembro. Durante a operação, realizada à noite, três colonos judeus foram presos por tentativa de agressão contra os agentes de segurança. David Wilder, porta-voz dos colonos de Hebron, acusa o primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, de ordenar a ação para desviar a atenção dos escândalos de corrupção envolvendo seu partido, o Likud, a apenas algumas semanas das eleições parlamentares. Enquanto isso, em Rafah, na Faixa de Gaza, uma menina palestina de 11 anos foi morta quando assistia a um funeral pela janela de sua casa. Nada Madi foi baleada por soldados israelenses, denunciou seu tio, Mohammed. A menina vivia nas proximidades de um posto avançado do Exército de Israel. Testemunhas disseram que os soldados israelenses dispararam tiros durante os funerais de um garoto palestino de 16 anos, assassinado um dia antes. Uma porta-voz do Exército dizia desconhecer a morte da menina, mas admitiu que soldados israelenses dispararam contra "militantes palestinos armados". Em Jenin, no extremo norte da Cisjordânia, um tanque israelense avançou contra um ônibus palestino, matando um passageiro. Segundo testemunhas, parecia tratar-se de um acidente. O motorista, no entanto, diz que o tanque avançou intencionalmente na direção de seu veículo. O Exército não se pronunciou sobre o caso.

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