O Serviço de Segurança Interior de Israel, o Shin Bet, deteve nesta terça-feira, 17, um cidadão israelense suspeito de ter sido recrutado pela inteligência iraniana, parte de uma manobra da inteligência iraniana contra o país. O suspeito, um judeu israelense de origem iraniana, foi detido ao voltar a Israel, vindo do Irã, e foi interrogado pelos serviços secretos israelenses. O acontecido destacou uma anormalidade nos conflitos entre os dois países. O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, pediu repetidamente que Israel fosse "riscada do mapa", e Israel, por sua vez, o acusa de planejar destruição nuclear. Judeus israelenses com famílias no Irã ainda são permitidos a visitar o país. Segundo a imprensa israelense, durante o interrogatório do Shin Bet, o homem supostamente admitiu ter sido recrutado pelo Irã e ter aceitado dinheiro dos serviços de inteligência do país para "cobrir suas despesas". Fontes da inteligência israelense disseram que o detido não tinha planos de informar as autoridades do país sobre seus contatos com funcionários iranianos. Também revelaram que planejava pedir de forma enganosa a um parente que costumava trabalhar para agências de segurança de Israel que fosse a Istambul. Nos últimos dois anos, os serviços de segurança iranianos tentaram alistar cidadãos israelenses de origem persa que visitam seus parentes no Irã, informaram fontes do Shin Bet. "Ano passado, a inteligência iraniana aumentou sua atividade contra Israel", dizia o documento liberado pela Shin Bet. "O Shin Bet recentemente descobriu esforços da inteligência iraniana para recrutar judeus, cidadãos israelenses de descendência iraniana, que foram em visitas familiares ao Irã". Segundo a legislação israelense, o Irã não é definido como uma nação inimiga do Estado e seus cidadãos podem viajar para o país livremente, embora sejam interrogados ao solicitar vistos. No entanto, funcionários do Shin Bet asseguraram que até agora "todas as tentativas para recrutar israelenses fracassaram, embora este fenômeno seja preocupante".