"Tudo acabou, todas as nossas vidas estavam naquela casa, lar de 18 pessoas!", gritou Zaneen, uma pequena mulher vestindo um robe negro e véu roxo, enquanto explorava os destroços da cidade de Beit Hanoun, no norte da Faixa de Gaza.
"Meu Deus, queremos paz, paz e que tudo isso pare!"
O gabinete de segurança de Israel deve se reunir ainda neste sábado para discutir os esforços internacionais, que estão sendo liderados pelo secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, em Paris, para assegurar trégua mais duradoura.
Mas embora Israel esteja disposta a estender o cessar-fogo, um ministro do gabinete de segurança, Gilad Erdan, disse que a possibilidade de acordo definitivo parece remota, sem que representantes de Israel, Egito ou da Autoridade Palestina presentes nas negociações em Paris.
"Acho que estamos muito longe de uma solução diplomática. Faz muito mais sentido estarmos mais perto de expandir a operação militar", disse ele a um canal da televisão israelense.
O porta-voz do ministério da Saúde de Gaza, Ashrak Al-Qidra, disse que equipes de resgate aproveitaram a trégua para explorar bairros destruídos e recuperaram mais de 100 corpos.
Isso levou o número de fatalidades palestinas, a maioria delas civis, a 1.000 desde 8 de julho, quando Israel lançou sua ofensiva, com o fim de dar fim aos ataques de mísseis de Gaza.
Pouco antes do início da trégua, 18 membros de uma única família, incluindo cinco crianças, morreram em ataque perto da cidade de Khan Younis, no sul do país, afirmaram médicos.
Israel deixou claro que, apesar da trégua, seu exército continuará buscando túneis usados por militantes. O Hamas e aliados aceitaram os termos e não houve relatos de violência intensa durante o dia.