Israel diz que não irá contra-atacar ofensiva do Hamas

Grupo anunciou formalmente a suspensão do cessar-fogo firmado em novembro

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Por Agencia Estado
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Israel não responderá ao lançamento de 20 foguetes Qassam e 75 bombas da Faixa de Gaza contra seu território, realizado nesta terça-feira, 20, pelo Hamas, porque não deixou feridos, de acordo com fontes do Exército. Depois disso, as Brigadas de Ezzedeen Al-Qassam, anunciaram formalmente a suspensão do cessar-fogo firmado em novembro sobre suas ações da Faixa de Gaza contra Israel. Segundo fontes militares, o ataque com explosivos era uma manobra de distração do movimento islâmico para poder seqüestrar um soldado israelense, um plano que o Exército israelense conseguiu abortar. "Nosso objetivo é reduzir a tensão, não aumentá-la", afirmou o porta-voz do governo, Daniel Seaman. Seaman advertiu, no entanto, que, se um novo lançamento de foguetes deixar feridos, Israel "não teria outra opção" a não ser responder e o faria "sem necessidade" de convocar uma reunião de urgência do gabinete ministerial. "Esperamos que (o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud) Abbas cumpra suas promessas de frear o lançamento de foguetes de Gaza (que foi assumido em comunicado pelas Brigadas de Ezzedeen al-Qassam, o braço armado do Hamas)", acrescentou. Helicópteros da Força Aérea israelense dispararam vários mísseis contra as áreas utilizadas pelos milicianos palestinos para disparar os projéteis. Segundo os meios de comunicação israelenses, alguns foguetes caíram em áreas abertas no deserto do Neguev, sem causar maiores danos ou deixar feridos. Fontes militares citadas pelo jornal Ha´aretz disseram que o lançamento de foguetes não era mais que uma manobra de distração por parte do Hamas para tentar entrar no território israelense e seqüestrar um soldado, o que o Exército conseguiu impedir. O Hamas defendeu na semana passada o seqüestro de soldados israelenses para conseguir sua troca por presos palestinos e exortou seus milicianos a retomar a violência contra o Estado judeu em resposta às operações militares do fim de semana na Cisjordânia e em Gaza, nas quais nove palestinos morreram.

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