Israel diz que relatório da ONU sobre ataque à frota é tendencioso

Conselho de Direitos Humanos da ONU diz que Exército israelense usou força desproporcional

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Por Efe
Atualização:

JERUSALÉM - Israel considerou tendencioso e parcial o relatório divulgado ontem pela missão de investigação do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o ataque, em maio passado, a uma frota que levava ajuda humanitária para a Faixa de Gaza.

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Veja também:especialInfográfico: As fronteiras da guerra no Oriente Médioforum Enquete: Qual a melhor solução para o conflito? "O relatório publicado (na quarta-feira) é tendencioso e parcial, da mesma forma que é o organismo que o elaborou", afirma o comunicado divulgado ontem à noite pelo Ministério das Relações Exteriores israelense.O ataque do Exército de Israel à frota humanitária, que tinha a missão de tentar romper o bloqueio a Gaza e que terminou com a morte de nove ativistas turcos, foi desproporcional e de uma violência desnecessária segundo o relatório elaborado pela missão da ONU.Recebido com aprovação na Turquia, país de onde procedia a maior parte dos ativistas a bordo das embarcações, o texto insiste que o ataque utilizou um nível inaceitável de brutalidade, uma conduta que não pode ser justificada por razões de segurança ou outras.Por outro lado, o Ministério das Relações Exteriores argumentou que, como é de se esperar de um país democrático, Israel apurou os fatos relativos à frota que ia a Gaza. O painel investigador do Exército israelense, liderado pelo general Giora Eiland, finalizou seu trabalho. O Comitê Turkel, que inclui dois observadores internacionais, ainda não.O comunicado afirma que em uma decisão sem precedentes, Israel aceitou fazer parte do painel de investigação criado pela Secretaria Geral da ONU, que também avalia o ocorrido.O documento acrescenta ainda que a abordagem militar à frota é um fato que foi "ampla e suficientemente investigado" e, portanto, "todo tratamento que se faça da questão é supérfluo e improdutivo".O ataque ocorreu no dia 31 de maio e deixou nove ativistas turcos mortos. O episódio causou revolta na comunidade internacional, principalmente entre os países islâmicos e árabes, e fez com que as relações entre Turquia e Israel fossem danificadas.

 

O caso também fez com que as atenções fossem voltadas para o bloqueio do Estado judeu ao território palestino, posteriormente revisto.

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