Israel e palestinos chegam a "entendimento" de cessar-fogo

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Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro do Exterior de Israel, Shimon Peres, confirmou ontem, na sede das Nações Unidas, que Israel e os palestinos chegaram "a um entendimento" de cessar-fogo, para dar um fim as ondas de violência, que já duram sete meses. Ele disse que o presidente do Egito, Hosni Mubarak, estava "basicamente correto" ao anunciar, no domingo, que as duas partes haviam chegado a um acordo de cessar-fogo. O acordo, entretanto, ainda precisa ser escrito e assinado pelas duas partes. Enquanto o acordo não é assinado, as tensões entre palestinos e israelenses aumentaram na segunda-feira. Pelo menos 8 palestinos foram mortos hoje, quatro em uma misteriosa explosão que destruiu um edifício, dois numa explosão em Gaza, um na explosão de uma bomba num assentamento judaico e outro em confronto com forças israelenses. "As negociações estão sendo realizadas, mas a situação nas ruas é alarmante", disse Peres. "Nós concordamos, como o presidente (Mubarak) disse, em um caminho sobre como lidar com o cessar-fogo", disse o ministro israelense. "Mas ainda não é um acordo. É um entendimento." Segundo Peres, para ter um acordo, "é preciso ter um pedaço de papel e isso não aconteceu". Pelas negociações realizadas entre Mubarak, Peres e Abdullah II, rei da Jordânia, o cessar-fogo deve durar um mês. Após esse período, as negociações de paz devem ser retomadas. Palestinos e israelenses chegaram a vários acordos de cessar-fogo várias vezes durante os últimos sete meses, mas nenhum das declarações surtiu efeito e ajudou a amenizar os confrontos. No começo da segunda-feira, Mubarak disse a jornalistas, no Cairo, que uma delegação israelense liderada por Peres havia "implorado" para que ele fizesse uma declaração de que um acordo para acabar com a violência com os palestinos estava a caminho. Depois de retornar a Israel, Peres, recuou, sugerindo que havia muito a fazer antes que um acordo pudesse ser oficialmente anunciado. Em uma entrevista realizada na sede das Nações Unidas, Peres esclareceu que os problemas foram causados por causa de uma falha na tradução das declarações.

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