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Israel em alerta por possível ataque da Al-Qaeda

Também entrariam na lista países árabes considerados "colaboradores" dos judeus pela rede terrorista, como Jordânia, Egito e Arábia Saudita

Por Agencia Estado
Atualização:

O Serviço de Segurança israelense (Shin Bet) e outras agências de inteligência do país estão em alerta para possíveis atentados da rede terrorista Al-Qaeda em Israel. A informação é do jornal Haaretz, o mais respeitado do país. O alerta foi dado há duas semanas, no aniversário de cinco anos dos atentados de 11 de setembro em Nova York e em Washington. Nesse dia, Ayman Al-Zawahiri, considerado o sucessor de Osama bin Laden, divulgou um vídeo assegurando que Israel e países do Golfo seriam os próximos alvos da Al-Qaeda. O temor aumentou no final de semana, quando um jornal francês veiculou uma versão do serviço secreto saudita - não confirmada oficialmente - de que Bin Laden teria morrido de tifo. Ao contrário de Bin Laden, que preferiria atacar os Estados Unidos e a Europa, Zawahiri, que é egípcio, desejaria mudar o foco da rede terrorista para o Oriente Médio. O alvo número um seria Israel, mas também entrariam na lista países árabes considerados "colaboradores" de Israel pela rede terrorista, como Jordânia, Egito e Arábia Saudita. Disfarce Segundo o Haaretz, o grupo estaria planejando cometer atentados por meio de militantes não-árabes - que levantariam menos suspeitas em inspeções da segurança nas fronteiras e dentro do país. Em junho de 2003, a rede terrorista conseguiu cometer uma ataque surpresa em Tel-Aviv usando essa estratégia: os dois homens-bomba - de origem paquistanesa - tinham nacionalidade inglesa e não tiveram dificuldade de entrar em Israel. Eles detonaram os explosivos num bar ao lado da embaixada americana, matando três civis e ferindo 50. Ainda segundo a reportagem do Haaretz , Zawahiri comandou, nos últimos anos, a criação de várias células da Al-Qaeda no deserto do Sinai, fronteira entre Egito e Israel. Foram recrutados centenas de beduínos que, em troca de alguns milhares de dólares, aceitariam cometer atentados contra alvos egípcios e turistas israelenses. Desde 2002, dezenas de ataques da Al-Qaeda foram registrados no Sinai. Na semana passada, fontes do Exército israelense informaram ao jornal Yediot Aharonot que a cidade de Eilat, na fronteira com o Egito, poderia ser a próxima da lista. O Serviço de Segurança israelense também elevou o alerta contra a possível infiltração de integrantes da rede terrorista através do Líbano. Apesar da antipatia da guerrilha libanesa Hezbollah, que é xiita, pela Al-Qaeda, que é sunita, acredita-se que o ódio a Israel conseguiria fazer com que os dois grupos colaborassem no objetivo de atacar o Estado judeu.

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