19 de junho de 2012 | 03h07
Horas mais tarde, a Força Aérea israelense lançou um ataque aéreo no sul da Faixa de Gaza, contígua ao Sinai, que matou quatro palestinos, dois deles supostos militantes da Jihad Islâmica. O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, se disse preocupado com o aumento da falta de segurança no Sinai desde a queda do ex-ditador egípcio Hosni Mubarak, em fevereiro do ano passado. "Podemos ver uma perturbadora deterioração no controle egípcio sobre o Sinai", disse. "Estamos esperando o resultado das eleições. Quem quer que vença deve desrespeitar os compromissos internacionais do país, como o tratado de paz." Em 1979, Egito e Israel assinaram um histórico tratado que prevê a desmilitarização da Península do Sinai.
Segundo o Exército de Israel, os três homens invadiram o território judeu, abriram fogo contra a equipe que construía uma grade na fronteira e foram repelidos. O ataque ocorreu a cerca de 30 quilômetros da Faixa de Gaza.
A cerca está sendo construída por Israel para diminuir a chegada de imigrantes africanos ao país. Uma vez concluída, terá 26 quilômetros de extensão. O país já construiu um muro para proteger-se de ataques de militantes islâmicos vindos da Cisjordânia.
A fronteira entre Gaza e o Egito, fechada nos tempos de Mubarak, foi reaberta no ano passado. O governo israelense teme que a passagem sirva para o Hamas contrabandear armas. / AP
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