Israel faz maior ataque no Líbano e deixa 17 mortos

Pelo menos 17 mortos nas últimas horas

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Por Agencia Estado
Atualização:

A artilharia israelense faz nesta segunda-feira bombardeios maciços ao longo da fronteira com o Líbano para impedir que milicianos do Hezbollah usem a região para disparar foguetes contra o território do Estado judeu, segundo disseram fontes militares. Nas últimas horas, o ataque deixou 17 mortos. Em resposta aos ataques, o Hezbollah lançou mais foguetes contra Haifa, mas forças de segurança israelense afirmaram não haver registro de feridos. Os oficiais disseram que alguns dos foguetes caíram no mar e outros em áreas inabitadas. Também foram lançados foguetes contra Tiberias, próximo do Mar da Galiléia. Pelo menos 127 libaneses morreram desde o início dos combates com Israel na semana passada. Estima-se que 23 foram mortos em ataques aéreos no sul do Líbano neste domingo. O bombardeio maciço contra o sul do Líbano, sem precedentes nos últimos anos, começou no final da noite deste domingo, e prossegue com forte ritmo e sem interrupção. Apesar disso, dezenas de foguetes caíram nas últimas horas em diferentes cidades do norte de Israel. A ofensiva vêm após um ataque com mísseis do Hezbollah, que matou oito israelenses em Haifa. O primeiro-ministro Ehud Olmert alertou que o ataque a Haifa teria "conseqüências de longo alcance". Os foguetes do milícia Hezbollah atingiram na madrugada e na manhã desta segunda-feira, entre outras, as localidades de Kiryat Shmona, Safed e Akko, deixando três pessoas feridas. Os ataques israelenses na manhã desta segunda-feira também tiveram como alvo Tripoli, a segunda maior cidade de Israel, localizada no norte do país, assim como áreas no centro e no leste do Líbano. Pelo menos 17 morreram, incluindo oito soldados libaneses no porto de Abdeh, nas proximidades de Tripoli. Haifa, terceira maior cidade de Israel, acordou às 6h (0h de Brasília) com o barulho de sirenes, mas não há informação sobre quedas de foguetes. Na posição de Tzivon, a cerca de quatro quilômetros da fronteira e junto a um kibutz (fazenda coletiva) que foi abandonado por todos os seus habitantes, os militares israelenses estão há cinco dias quase sem dormir. "Aqui não há tendas de campanha porque seria perigoso", explicou um dos militares. O objetivo desta operação de artilharia é, segundo fontes militares, "varrer" toda a faixa sul a fim de que os milicianos não possam se aproximar da fronteira. Como o arsenal de foguetes do Hezbollah é aparentemente interminável, a Força Aérea prefere concentrar-se nas baterias móveis, a fim de destruí-las e diminuir a capacidade ofensiva de uma organização armada que tem demonstrado a capacidade de um Exército. O número de mortos israelenses é de 24. O país realizou uma campanha no Líbano, atingindo o Hezbollah, mas também vários alvos civis. Enquanto isso, líderes do G8, culparam as forças extremistas pela crise e pediram para Israel acabar com as operações militares.

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