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Israel fecha mostra com fotos de abusos contra palestinos

Por Agencia Estado
Atualização:

O Exército de Israel interrogou cinco soldados da reserva que montaram uma exposição fotográfica expondo o assédio e os abusos cometidos por militares do Estado judeu contra palestinos em Hebron, informou o gerente da galeria onde ocorria a mostra. O Exército e a polícia de Israel invadiram ontem o local onde era realizada a exposição "Quebrando o Silêncio" - aberta ao público no início do mês - e confiscaram um álbum com recortes de jornal e uma fita de vídeo com depoimentos de mais de 70 soldados, disse Giora Falmi, diretor da galeria situada em Tel-Aviv. Depois de completar três anos de serviço militar obrigatório, um grupo de mais de 80 soldados de infantaria decidiu montar a exposição para divulgar sua versão sobre o que qualificam como "louca realidade" da cidade cisjordaniana de Hebron, onde cerca de 500 colonos judeus moram em enclaves cercados por 130.000 palestinos. A exibição contém fotografias e depoimentos de soldados que contam como assediaram um par de noivos prestes a se casar e atiraram bombas de efeito moral dentro de uma escola infantil por mera diversão. O Exército informou ter convocado os soldados - atualmente na reserva - para que sejam interrogados e solicitou um mandado judicial para que os militares envolvidos na exposição entreguem "qualquer material que possa ajudar nas investigações". Um oficial do Exército alegou que os organizadores da exibição participaram dos crimes como soldados e, portanto, estão sob responsabilidade do sistema judicial militar. Segundo ele, a investigação tem como base "os depoimentos dos envolvidos e de testemunhas" dos incidentes.

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