Israel investiga uso de escudos humanos palestinos

Fato se refere a ´possível abuso de civis em operação de 15 dias atrás em Nablus´

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O advogado-geral do Exército israelense, general-de-brigada Avihai Mandelblit, ordenou à polícia militar investigue o suposto uso de escudos humanos palestinos durante uma recente operação para deter milicianos na cidade de Nablus, na Cisjordânia. Mandelblit pede, segundo um comunicado do Exército, que se verifique o "possível abuso de civis durante a operação de 15 dias atrás em Nablus". No último dia 8, o centro israelense de informação sobre os direitos humanos nos territórios palestinos, B´Tselem, denunciou que o Exército tinha utilizado três civis palestinos, dois deles menores de idade, como escudos humanos durante a Operação Inverno Quente em Nablus. Segundo testemunhas palestinas citadas pela organização, os soldados israelenses forçaram esses civis, entre eles um adolescente de 15 anos e uma menina de 11, a entrar na frente deles nas casas onde supostamente se encontravam os milicianos que queriam deter. A Corte Suprema de Israel proibiu o Exército israelense de utilizar civis palestinos em suas missões, particularmente em operações para realizar detenções, depois que, em 2002, um estudante morreu ao ser usado como escudo humano. A Operação Inverno Quente acabou com a detenção de 11 milicianos, mas de nenhum dos líderes procurados pelos serviços secretos israelenses. Quatro batalhões participaram da operação que durou mais de cinco dias e que foi a de maior envergadura na Cisjordânia em mais de um ano. Um civil palestino de 51 anos morreu nos tiroteios.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.