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Israel investiga uso de fósforo branco em ataques

Por The Guardian
Atualização:

Com o fim da retirada das tropas israelenses da Faixa de Gaza, ONGs humanitárias e a ONU aumentaram ontem o tom das acusações de que Israel teria utilizado armas e adotado procedimentos ilegais nas três semanas de guerra contra o Hamas. No centro da polêmica está o uso de fósforo branco em áreas civis. O emprego da substância - altamente tóxica e capaz de corroer a pele humana até o osso - só é permitido para produzir fumaça e despistar forças inimigas. No entanto, há vários relatos de ataques diretos contra civis palestinos. Entre os episódios sob suspeita estaria o bombardeio ao centro da ONU em Gaza, dia 15. Segundo membros da organização, três projéteis que continham fósforo branco acertaram o prédio, incendiando os suprimento estocados. O Exército de Israel afirmou que abrirá um inquérito para apurar as acusações, mas voltou a dizer que seus procedimentos "estiveram de acordo com o direito internacional". Os militares israelenses analisarão primeiro o emprego de fósforo branco por uma unidade de paraquedistas que, segundo o governo de Israel, teriam disparado cerca de 20 projéteis contra a região de Beit Lahiya. Mas o inquérito não terá status de investigação formal, como queriam ONGs humanitárias. De acordo com fontes do Exército citadas pelo jornal Haaretz, dois tipos de projéteis com fósforo branco foram utilizados durante a operação "Chumbo Grosso". O primeiro, de artilharia, conteria pouquíssimos traços da substância e produziria apenas um pouco de fumaça. O segundo, os morteiros, teriam quantidades consideráveis de fósforo branco. DE VOLTA AO TRABALHO Menos de 24 horas após a retirada israelense, dezenas de palestinos começaram a reconstruir os túneis clandestinos que ligam Gaza ao Egito - a maior parte deles destruída por Israel. Segundo Tel-Aviv, as passagens são usadas pelo Hamas para se armar.

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