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Israel isola Gaza, mas nega reocupação

Os ataques somente cessarão com a libertação do soldado sequestrado no domingo

Por Agencia Estado
Atualização:

Israel continua nesta quarta-feira a ofensiva a Gaza para resgatar o soldado capturado no domingo por militantes palestinos. Mas, segundo o primeiro-ministro do país, Ehud Olmert, a região não será reocupada pelo exército israelense. Olmert disse que realizará "ações extremas" para trazer o soldado Gilad Shalit, de 19 anos, de volta para casa. "Nós não pretendemos reocupar Gaza. Nós não pretendemos permanecer ali", acrescentou. O primeiro-ministro repetiu que não irá negociar a liberação de Shalit com os militantes. Os ataques tiveram início no final da terça-feira, e esta é primeira vez que Israel entra em Gaza desde a sua desocupação em setembro. Desde então, A Faixa de Gaza é território autônomo sob o governo da Autoridade Nacional Palestina (ANP). O presidente da ANP, Mahmoud Abbas, qualificou os ataques como um "crime contra a humanidade". O exército lançou mísseis em campos abertos ao sul e ao norte de Gaza para demonstrar força e intimidar os militantes, segundo fontes militares. Tanques e soldados israelenses começaram a se posicionar durante a noite e as tropas já adentraram a dois quilômetros na costa da Faixa de Gaza, segundo o capitão Jacob Dalla. Diante da ofensiva, os moradores de Gaza começaram a estocar alimentos, baterias para rádios e velas para o que pode se tornar uma longa operação militar. A ponte de ligação entre Gaza e Egito está fechada desde o ataque a base militar de Israel por militantes palestinos no domingo. Além disso, as forças israelenses tomaram o aeroporto de Gaza. Desde o início da operação, Israel já lançou ao menos nove mísseis contra uma estação de eletricidade da Faixa de Gaza, cortando a eletricidade em 65% da região. O ataque aumenta a crise humanitária vivida nos territórios palestinos, pois impede o funcionamento das bombas de água utilizadas pela população. Três pontes também foram explodidas, dividindo Gaza em dois. O objetivo dos ataques às pontes é "prejudicar a habilidade dos terroristas de transferir o soldado seqüestrado de uma parte de Gaza para outra ou para fora do território, na vizinhança do Egito", segundo oficias israelenses.

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