Como Israel vê o relatório da AIEA, divulgado essa semana?
É óbvio que temos muita preocupação quando o Irã, ao mesmo tempo em que ameaça Israel, desenvolve armas nucleares. Mas achamos que não é só um problema nosso. Países como Egito, Arábia Saudita e todos os principados do Golfo Pérsico também correm risco.
Antes da divulgação do relatório, a imprensa de Israel falava que seu governo estudava a possibilidade de atacar o Irã. Não seria uma medida perigosa em uma região tão complicada?
Israel não precisa de mais um conflito. Temos conflitos e complicações demais na região. Para Israel, o melhor é que a comunidade internacional encontre uma forma para que o Irã termine com seu programa e não desenvolva armas nucleares.
Mas, então, o que significam essas ameaças de ataque?
São um sinal de alarme para levar a comunidade internacional a atuar para que o Irã desista de seu programa nuclear.
Mas que medidas Israel espera da comunidade internacional? A via diplomática não teve sucesso e ajudou o Irã a ganhar tempo. Essa via não serve. As sanções, se não são fortes, também não têm resultado. São necessárias medidas para que o Irã compreenda que, para seu próprio interesse, é melhor desistir do programa nuclear.
Israel tem um programa de armas nucleares?
Muitas publicações disseram que Israel tem isso ou aquilo, mas Israel, de modo oficial, nunca reconheceu isso. Então não tenho nada a acrescentar.