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Israel oferece mil palestinos em troca de soldado

Militar Gilad Shalit foi capturado há mais de cinco meses por comandos de Gaza

Por Agencia Estado
Atualização:

O governo israelense ofereceu a libertação de até mil prisioneiros palestinos em troca do soldado Gilad Shalit, capturado há mais de cinco meses por comandos de Gaza em uma base militar, informou nesta terça-feira a imprensa local. "Aceitamos libertar alguns prisioneiros, entre eles mulheres, crianças e idosos", disse uma fonte não identificada. "O número de presos que Israel pretende libertar pode chegar a mil", calculou. O governo israelense espera progredir na concretização da troca, após a reunião desta segunda-feira, na Síria, entre o primeiro-ministro palestino, Ismail Haniyeh, e o líder de seu partido - Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) - Khaled Mashaal, que vive em Damasco e seria o responsável pela decisão final. Israel propôs a libertação dos prisioneiros ao chefe dos Serviços de Segurança do Egito, Omar Suleiman, que atua como mediador do conflito. Ele se reuniu na semana passada com o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, e com o ministro de Defesa, Amir Peretz. De acordo com fontes israelenses, o Hamas, cujos milicianos participaram da captura do soldado israelense, rejeitou a oferta antes da reunião de Mashaal com Haniyeh. O presidente egípcio, Hosni Mubarak, disse recentemente que Israel teria que libertar as mulheres e os jovens, em sua maioria suicidas aprisionados antes de completar suas missões, antes da libertação de Shalit. Segundo o plano egípcio para a troca, nesta primeira etapa, Shalit, de 18 anos de idade, seria levado da faixa autônoma de Gaza ao território egípcio, em troca da libertação. Na fase seguinte, o soldado voltaria para Israel em troca da libertação de outros grupos de prisioneiros. Finalmente, serão soltos os últimos da lista, ou seja, aqueles que estão presos há mais tempo e que cometeram ataques causando a morte de civis e militares israelenses. Até agora, todos os governos israelenses que aceitaram trocas se negaram a libertar palestinos "com sangue nas mãos". Abrindo o precedente, Olmert se exporia a duras críticas dos partidos nacionalistas de direita e das organizações de parentes de vítimas de ataques palestinos. A princípio, Olmert ofereceu a libertação de 300 prisioneiros. No entanto, o Hamas exigiu a liberdade de 1,4 mil detidos.

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