08 de março de 2012 | 03h01
O governo israelense tem argumentado que o fato de a usina de Qom estar virtualmente fora de seu alcance faz com que um ataque nos próximos meses ao Irã seja talvez a última alternativa para impedir que o rival consiga a bomba. Segundo Tel-Aviv, a partir do momento em que o Irã reunir urânio suficiente para um artefato na usina subterrânea, Teerã terá entrado em uma "zona de imunidade" em relação a Israel. Forças israelenses, portanto, seriam incapazes de desferir um golpe significativo no programa iraniano. Qom se tornará completamente operacional ainda este ano, calcula Israel.
Além das bombas antibunker, Netanyahu teria solicitado aos EUA equipamento ultramoderno para reabastecimento de aviões em voo. O procedimento ampliaria a autonomia dos caças israelenses.
Ainda segundo o Haaretz, citando fontes anônimas do governo americano, Obama teria instruído seu secretário da Defesa, Leon Panetta, a analisar o assunto. O presidente, porém, olha "de modo favorável" a possibilidade de fornecer o armamento.
Durante o governo George W. Bush, os EUA recusaram a venda de bombas antibunker ultramodernas e equipamento de reabastecimento em voo a Israel. Washington acreditava que o governo israelense acabaria usando o equipamento para lançar um ataque surpresa contra o Irã sem o conhecimento prévio dos EUA. / AFP
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