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Israel: pelo menos seis palestinos mortos

Por Agencia Estado
Atualização:

Milhares de palestinos entraram em confronto hoje com tropas israelenses num "dia de ira", sua revolta alimentada por ataques de mísseis israelenses no começo da semana e ameaças de retomarem territórios palestinos. Pelo menos cinco palestinos foram mortos e mais de 100 ficaram feridos por disparos de soldados israelenses. Em toda a Cisjordânia e Faixa de Gaza, manifestantes queimaram bandeiras de Israel e dos Estados Unidos, assim como imagens do primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon. Em uma manifestação liderada pelo movimento Fatah, do líder palestino Yasser Arafat, a multidão gritava: "Sharon, espere, o Fatah vai abrir um túmulo para você em Gaza". O grupo militante islâmico Hamas, que executou dois atentados suicidas a bomba esta semana, que resultaram na morte de dois adolescentes israelenses, anunciou que promoverá novos ataques. "Nossa mensagem a Sharon é que não desistiremos", afirmou o líder do Hamas, xeque Ahmed Yassin. Nas comunidades árabes dentro de Israel, dezenas de milhares de pessoas participaram de passeatas pacíficas para marcar o "Dia da Terra", um símbolo da luta dos 1,2 milhão de árabes israelenses por direitos iguais. O Dia da Terra lembra, anualmente, os protestos realizados em 1976 contra a expropriação de terras por parte de Israel. Naquela ocasião, seis árabes israelenses foram mortos pela polícia. Os protestos de hoje foram o clímax de uma tumultuada semana de atentados suicidas a bomba, disparos e ataques de mísseis. Em resposta à escalada, Arafat disse que o levante palestino, ou intifada, de seis meses irá continuar, e o ministro da Defesa de Sharon advertiu que tropas israelenses irão retomar áreas agora controladas pelos palestinos, caso seja necessário.

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