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Israel permite que Cruz Vermelha visite prisoneiros

Por Agencia Estado
Atualização:

A Cruz Vermelha terá permissão de visitar dois líderes guerrilheiros libaneses que estão detidos há anos em Israel, determinou hoje um comitê de cinco juízes da Suprema Corte israelense. O presidente da Suprema Corte, Aharon Barak, disse ter pesado tanto as considerações de segurança quanto as humanitárias antes de tomar sua decisão sobre o acesso da Cruz Vermelha aos prisioneiros, ambos integrantes do movimento Hezbollah. Israel tem impedido visitas da Cruz Vermelha citando questões de segurança. Israel mantém detidos os líderes do Hezbollah, xeque Abdul-Karim Obeid e Mustafa Dirani, desde 1989 e 1992, respectivamente. A Cruz Vermelha já fez algumas visitas a Dirani, segundo o porta-voz da organização humanitária, Uriel Masad. Os dois estão detidos sob leis de segurança e nenhum foi julgado. Em outubro último, o Hezbollah, que exige a libertação dos dois homens, capturou três soldados israelenses no ataque a uma área disputada, controlada pelo Estado judeu, nas proximidades da fronteira entre Síria, Líbano e Israel. O grupo também mantém refém um empresário israelense, que é um coronel da reserva. O Hezbollah recusa-se a informar as condições dos cativos. Em Beirute, um porta-voz do Hezbollah, xeque Hassan Izzeddine, disse que a decisão da corte "deveria ter sido tomada há muito tempo, mas, apesar de tarde, é excelente". Izzedine, entretanto, afirmou que a decisão "não tem nada a ver" com os soldados israelenses mantidos pelo Hezbollah, que tem recusado visitas da Cruz Vermelha. A decisão da Suprema Corte provocou protestos dos familiares dos israelenses reféns do Hezbollah.

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