Israel prende 55 ativistas na Cisjordânia

Detenções estariam relacionadas com ataque a ônibus que feriu 28 em Tel-Aviv

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Por RAMALLAH
Atualização:

Forças israelenses prenderam ontem 55 supostos militantes palestinos na Cisjordânia. A informação foi divulgada ontem pelo Exército, que citou a necessidade de aumentar as "ações antiterroristas" no território ocupado, poucas horas depois do acordo de cessar-fogo que encerrou oito dias de confrontos na Faixa de Gaza. Os detidos, de acordo com um comunicado do Exército israelense, são de várias facções palestinas armadas. Entre eles, estariam "operadores experientes", segundo o texto. "O Exército continuará com sua tarefa de manter a ordem e evitar a infiltração de terroristas nas comunidades israelenses", diz o comunicado. A Cisjordânia está sob a administração do presidente palestino, Mahmoud Abbas, apoiado pelos EUA, que pertence à facção Fatah. No entanto, muitos habitantes do território são simpáticos ao movimento rival, Hamas, que governa a Faixa de Gaza e rejeita sistematicamente qualquer acordo de paz permanente com o Estado judeu.Durante os embates que se seguiram à ofensiva israelense contra a Faixa de Gaza, iniciada no dia 14, dois palestinos foram mortos durante uma manifestação anti-Israel na Cisjordânia. Os protestos converteram-se em confrontos entre manifestantes e o Exército israelense.Uma bomba que explodiu num ônibus de Tel-Aviv ferindo 28 pessoas, na quarta-feira, elevou a possibilidade de que palestinos tivessem partido da Cisjordânia para realizar o ataque. O acordo de cessar-fogo, que deteve a troca de hostilidades em Gaza, estabelecia o compromisso por parte de Israel de não fazer prisioneiros no território conflagrado, mas não mencionava a mesma restrição na Cisjordânia.Também ontem, líderes das duas facções que estavam na mira de Israel em Gaza, o Hamas e a Jihad Islâmica, transmitiram a Abbas seu apoio ao pedido palestino de obter o status de "Estado-membro observador" da ONU. O requerimento será discutido na Assembleia-Geral, que se reúne na semana que vem, em Nova York. / AP e EFE

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