Israel quer canal com palestinos; Hamas critica ´pressão´

O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, disse que os contatos futuros tratarão da qualidade de vida dos plaestinos. O Hamas denuncia interferência americana

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, disse que manterá contatos com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, a despeito da insatisfação do governo israelense com o futuro governo palestino de unidade nacional, que incluirá o grupo extremista Hamas. Segundo Olmert, os contatos terão como foco a melhoria da qualidade de vida dos palestinos. Ele fez essas declarações durante uma reunião de parlamentares de seu partido, o Kadima, e após uma cúpula com Abbas e a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice. "Temos de manter o canal de comunicação aberto com os palestinos, e o único condutor possível é o presidente palestino", disse Olmert. A cúpula entre ANP, Israel e EUA foi obscurecida pela decisão recente de Abbas, de formar um governo de unidade com o Hamas. Olmert afirma ter reafirmado a Abbas que é preciso que o novo governo palestino precisa aceitar exigências internacionais para abrir mão da violência, reconhecer o Estado de Israel e acatar os acordos de paz firmados no passado. O Hamas, por sua vez, reagiu à cúpula entre Olmert, Rice e Abbas reiterando sua rejeição à "pressão" dos Estados Unidos para "obstaculizar" a formação do governo de unidade. "Rejeitamos essas pressões (...), uma mostra da atitude negativa dos Estados Unidos contra o Acordo de Meca (pelo qual o Hamas e Fatah, o partido de Abbas, chegaram a um acordo para formar o novo governo) ao qual a maioria de países deu a as boas-vindas", disse um porta-voz do movimento. Condoleezza Rice disse, após a reunião de Jerusalém, que Olmert e Abbas "decidiram voltar a se reunir em breve, e expressaram o desejo que continue havendo participação e liderança americanas".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.