Israel rejeita conferência de paz, mas pede diálogo com palestinos

A chanceler israelense pediu um diálogo imediato e incondicional com o presidente Mahmoud Abbas

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Por Agencia Estado
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A ministra israelense das Relações Exteriores, Tzipi Livni, rejeitou uma proposta russa para a realização de uma conferência ampla de paz para o Oriente Médio, dizendo que "pôr todas as questões no mesmo saco apenas tornará tudo mais complicado". Livni fez essas declarações numa entrevista coletiva conjunta com o chanceler russo, Sergey Lavrov. Livni afirmou que seu país deverá se concentrar "no tema mais problemático" - o conflito com os palestinos - e pediu um diálogo imediato e incondicional com o presidente Mahmoud Abbas, da Autoridade Nacional Palestina (ANP). A despeito disso, a ministra insistiu que Israel não libertará prisioneiros palestinos - condição que Abbas havia imposto para retomar o diálogo - até que extremistas palestinos soltem um soldado israelense, seqüestrado há mais de dois meses. O seqüestro, executado por homens armados ligados ao Hamas, partido que controla o atual gabinete de governo palestino, desencadeou uma ofensiva israelense na Faixa de Gaza que deixou mais de 200 mortos, na maioria extremistas. O ministro russo, por sua vez, disse que seu país investiga as alegações israelenses, de que a guerrilha libanesa do Hezbollah usou armas russas, fornecidas pela Síria, nos combates recentes com Israel. As leis russas sobre venda de armas determinam que o comprador não pode transferir o equipamento para terceiros, disse Lavrov.

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