JERUSALÉM - Israel resgatou 19 judeus do Iêmen, um país em guerra, em uma "operação complexa e secreta", anunciou a Agência Judaica de Israel, responsável pela questão de imigração.
A operação tinha o objetivo de resgatar parte dos últimos integrantes da comunidade judaica do Iêmen, uma das mais antigas do mundo, destacou a agência. Os 19 judeus chegaram ontem a Israel, entre eles estava o rabino Saliman Dahari, que trouxe com ele uma Torá de 800 anos que havia sido protegida por gerações.
O rabino e os outros membros do grupo foram levados a um centro de imigrantes na cidade de Beersheva, no sul de Israel, onde se reuniram com seus parentes.
De acordo com a agência responsável que trabalha com o governo israelense e atua como um link entre os judeus de todo o mundo, quase 50 judeus permanecem no Iêmen, 40 deles em Sanaa. Eles preferiram ficar no país, apesar do conflito, e permanecem em um complexo próximo da embaixada americana e contam com proteção do governo do Iêmen.
Alguns dos que chegaram ontem a Israel contaram á mídia, em hebraico, mas com sotaque iemenita, os horrores da guerra no Iêmen, além dsa ameaça dos grupos extremistas. "É um momento significativamente importante para a história de Israel", disse Natan Sharansky, diretor da agência judaica. "Desde a operação 'Tapete Mágico', em 1949, até hoje a agência ajudou a trazer para casa os judeus iemenitas e hoje essa missão histórica chega ao fim", disse Sharansky.
Ele se referiu à operação realizada entre junho de 1949 e setembro de 1950 que transferiu 49 mil judeus do Iêmen ao então recém-criado Estado de Israel. / EFE e AP