Israel responde a ataques e mata 1 na Faixa de Gaza

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Por AP
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Sem deixar feridos, militantes palestinos dos grupos Hamas e Jihad Islâmica na Faixa de Gaza lançaram ontem cerca de 65 foguetes contra o sul de Israel. A onda de ataque - a maior desde junho, quando o Hamas e Israel firmaram um cessar-fogo de seis meses - prejudica esforços diplomáticos para firmar uma nova trégua. Israel respondeu com ataques aéreos que deixaram um atirador morto e dois civis feridos. O Hamas, que controla Gaza há mais de um ano, declarou que os foguetes foram lançados em retaliação à morte de outros três militantes assassinados por bombardeios de Israel na terça-feira. Segundo autoridades israelenses, o alcance dos foguetes lançados ontem chegou a 20 quilômetros, atingindo inclusive a maior cidade da região, Ashkelon. O Hamas ameaçou aumentar o "circulo de fogo" para dentro de Israel. De acordo com militares israelenses que falaram à Associated Press sem se identificar, uma operação terrestre de larga escala contra Gaza já teria sido aprovada pelo gabinete do primeiro-ministro Ehud Olmert. A ofensiva, porém, teve de ser adiada por causa das condições climáticas do inverno. Os novos ataques levaram o governo israelense a voltar atrás em sua decisão de permitir a entrada de ajuda humanitária em Gaza. O levante do cerco israelense ao território palestino é uma das exigências do Hamas para renovar o cessar-fogo, expirado na sexta-feira. Um porta-voz do Ministério da Defesa israelense disse que as fronteiras continuarão fechadas e não há previsão de reabertura. Israel e o Hamas mostraram-se interessados em retomar a trégua, mas a volta da violência dificulta os esforços diplomáticos. A chanceler de Israel, Tzipi Livni, deve encontrar-se nos próximos dias no Cairo com o presidente egípcio, Hosni Mubarak, responsável pela mediação das negociações.

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