Israel restringe acesso de jornalistas ao Líbano, diz FIP

Jornalistas no sul do Líbano estão sob sua própria responsabilidade, afirma Exército de Israel em comunicado

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Federação Internacional de Jornalistas (FIP) informou nesta quarta-feira que o Exército de Israel está limitando o acesso de jornalistas aos locais de combate com o Hezbollah no sul do Líbano e reclamou pelo fim das restrições. As autoridades militares israelenses anunciaram restrições ao acesso de civis, especificamente os profissionais da mídia, ao território libanês situado ao sul do Rio Litani, alegando que é uma "zona de combate onde terroristas agem, portanto não há como garantir a segurança dos jornalistas". Para o secretário-geral da FIP, Aidan White, a advertência israelense é "uma tentativa clara de limitar a cobertura do conflito no Oriente Médio, ainda que Israel tente disfarçar como medida de segurança". White pediu ao exército israelense que "reconheça que os jornalistas têm o direito de cobrir os acontecimentos no sul do Líbano, e serem tratados como não-combatentes". O secretário-geral também pediu que "se proíba disparos contra veículos claramente identificados como sendo de meios de comunicação". Segundo a FIP, a restrição de acesso à zona sul do Líbano, que afeta civis e jornalistas, vigora desde segunda e permanecerá até nova ordem. O Exército israelense advertiu que os correspondentes que penetrarem na zona de combate estarão sob sua própria responsabilidade, diz o comunicado. A FIP, que representa mais de 500 mil jornalistas em mais de 100 países lembrou que houve seis ataques a jornalistas ou instalações no último mês no Líbano e nos territórios palestinos, sendo que duas pessoas morreram e outras 12 ficaram feridas. A Federação pediu ao Exército de Israel que investigue os ataques.

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