Israel restringe entrada de produtos alimentícios em Gaza

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Faixa de Gaza está desabastecida de produtos básicos frescos - como leite, iogurte e frutas - há três semanas devido às restrições impostas pelo exército israelense. A situação se deve ao fechamento da única passagem de produtos e mercadorias à faixa, a de Karni, por forças israelenses. O exército alega que o motivo são "razões de segurança". Se esta medida continuar de pé, Gaza, onde residem 1.4 milhões de palestinos, poderá enfrentar uma grave crise alimentícia e humanitária, já que nos supermercados e mercearias é difícil conseguir produtos lácteos e outros tipos de alimentos frescos. A grande maioria desses produtos são procedentes de Israel. O exército israelense impôs a restrição depois que milicianos palestinos cavaram um túnel sob o cruzamento de Karni com a intenção de cometer um ataque contra as forças israelenses. Apesar de o exército ter sido informado pelas forças de segurança palestinas sobre a situação e ter prometido reabrir a passagem, até o momento não houve novo aviso. A população teme que possa haver uma situação de emergência. Já os milhares de refugiados que residem na área mediterrânea recebem ajuda de emergência de vários organismos especializados, que fornecem leite em pó e outros produtos básicos à população. No entanto, segundo fontes palestinas, percebe-se neste território uma certa mudança na atitude de instituições filiadas à União Européia e aos Estados Unidos após as eleições legislativas vencidas pelo Hamas. Agricultores da Faixa de Gaza destruíram cem toneladas de tomates e de outros cultivos, como o de pimentão, para protestar contra a medida israelense. O acordo para permitir a passagem de produtos alimentícios e outras mercadorias através de Karni, situada no sul de Gaza e na fronteira com Israel, foi firmado entre israelenses e palestinos graças à mediação da secretária de Estado americana, Condoleezza Rice.

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