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Israel seria 'parceiro' em trégua com Hamas, diz Netanyahu

Governo nega que acordo tenha sido alcançado com Hamas, mas premiê se reúne com Hillary e deve anunciar trégua

Atualização:

Texto atualizado às 17h38

 

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TEL-AVIV - O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, disse nesta terça-feira, 20, que seu país seria "um parceiro de boa vontade" em uma eventual trégua com o grupo islâmico palestino Hamas. Segundo o jornal israelense Yedioth Aharonot, fontes no governo disseram que o país não teria ainda aceitado nenhuma versão de cessar-fogo com o Hamas.

 

Netanyahu fez o pronunciamento durante uma reunião com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, que está na região como parte de um esforço diplomático para pôr fim a uma ofensiva israelense contra a Faixa de Gaza, que já dura uma semana. No encontro com Ban, Netanyahu disse que, "se uma solução de longo prazo puder ser implementada por meios diplomáticos, Israel será um parceiro de boa vontade".

 

Às 22h (horário local, 18h de Brasília), Netanyahu vai se reunir com a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, que está na região para tentar mediar uma trégua. Espera-se que um acordo seja anunciado após a conclusão da reunião entre eles. Mais cedo, fontes afirmaram que um cessar-fogo deve ser anunciado no Cairo na noite de hoje, segundo fontes do Hamas e da Jihad Islâmica. Pouco antes, o presidente do Egito, Mohammed Morsi, disse que a "agressão" de Israel contra Gaza se encerraria nesta terça-feira. Falando a jornalistas na cidade de Zagazig, Morsi não deu detalhes, mas assegurou que haverá "desdobramentos positivos" nas próximas horas.

 

Ofensiva

 

Israel iniciou na semana passada uma ofensiva militar por causa dos persistentes disparos de foguetes contra seu território por parte de militantes palestinos radicados na Faixa de Gaza. Ban criticou os disparos de foguetes, mas conclamou Israel e exercer "a máxima contenção" em sua resposta e se ofereceu para mediar um cessar-fogo.

 

A ofensiva israelense contra Gaza deixou cerca de 120 mortos em uma semana. Os disparos de foguetes do Hamas mataram quatro israelenses. A maior parte das vítimas do conflito é civil.

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As informações são da Associated Press e da Dow Jones

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