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Israel usou bombas antiquadas por economia no Líbano

Explosivos que não detonaram são um dos principais riscos à população

Por Agencia Estado
Atualização:

O Exército de Israel usou bombas de fragmentação antiquadas de fabricação americana em sua campanha no Líbano, para reduzir custos, apesar de dispor de projéteis mais modernos, informa o jornal israelense ""Ha´aretz"". O Exército israelense utilizou as bombas americanas, e não as de fabricação israelense, que aparentemente detonam toda a sua munição, porque recebe ajuda dos Estados Unidos para sua compra. "Foi uma orientação puramente orçamentária", afirmou uma fonte do Departamento de Defesa israelense, citada pelo jornal. Durante a guerra contra a milícia libanesa do Hezbollah, que durou pouco mais de um mês, o Exército israelense lançou milhares de bombas de fragmentação, com foguetes e peças de artilharia. Cada projétil contém centenas de explosivos que se espalham por uma área de centenas de metros quadrados e explodem quando caem no chão. Segundo o jornal, Israel lançou pelo menos 1,2 milhão de explosivos. Hoje, os que não explodiram, estimados em 30 a 40% do total, constituem um dos principais riscos para a população do Líbano. Desde o cessar-fogo de 14 de agosto morreram 14 pessoas por causa da detonação acidental dos explosivos.

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