
24 de fevereiro de 2017 | 04h06
JERUSALÉM - Israel deixará de outorgar vistos de trabalho a membros estrangeiros da Human Rights Watch (HRW), acusada de parcialidade, segundo informou a ONG nesta sexta-feira, 24. O Ministério de Relações Exteriores israelense confirmou a decisão à agência AFP.
A HRW, que realizou vários informes críticos sobre a ocupação israelense em territórios palestinos, solicitou há vários meses um visto ao novo diretor de seu escritório encarregado de Israel e da Palestina, Omar Shakir, de nacionalidade americana.
Em 20 de fevereiro, as autoridades israelenses contestaram que a solicitação havia sido rechaçada porque a HRW "não é realmente uma organização de defesa de direitos humanos", de acordo com comunicado da ONG.
O porta-voz da chancelaria israelense, Emmanuel Nahshon, acusou a HRW de ser uma "organização fundamentalmente parcial e anti-israelense, dotada de uma agenda hostil".
"Por que deveríamos outorgar permissões de trabalho a pessoas cuja única finalidade é nos denegrir e atacar?", afirmou à AFP. Nahshon disse ainda que os empregados israelenses e palestinos da HRW poderão seguir trabalhando.
"Estamos verdadeiramente consternados", disse Omar Shakir. "Trabalhamos em mais de 90 países. Muitos governos não gostam de nossas conclusões, fundadas em investigações profundas. Porém, a reação desses governos não é de reprimir o mensageiro." / AFP
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