Israel vai suspender bloqueio e ceder posições à Finul

Bloqueio termina às 12h (horário de Brasília), segundo anúncio do governo israelense

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

As Forças Armadas de Israel vão suspender nesta quinta-feira o bloqueio aéreo e marítimo ao Líbano, imposto durante oito semanas para impedir o contrabando de armas para a milícia xiita libanesa do Hezbollah, e também cederão o controle de suas posições à Força Interina da ONU (Finul). O bloqueio termina às 12h (de Brasília), segundo o anúncio oficial feito pelo governo de Israel após receber a informação de que os efetivos da Finul vão se encarregar da missão, conforme a resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU, que impôs o embargo de armas ao Hezbollah. A resolução estabeleceu o cessar-fogo entre Israel e os milicianos fundamentalistas libaneses, que entrou em vigor no dia 14 de agosto, após 34 dias de guerra. Um comunicado do escritório do primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, informou que a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, e o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, apresentaram garantias de que a força multinacional está preparada para tomar o controle de portos e aeroportos do Líbano. Pela resolução do Conselho de Segurança, o Hezbollah não poderá agir entre a "linha azul" (fronteira com Israel) e o rio Litani, no Líbano. O sul do país ficará sob controle do Exército libanês, com a ajuda da Finul. Após o fim do bloqueio, segundo fontes militares, as últimas tropas israelenses se retirarão do território e cederão seu controle ao Exército. A rádio pública israelense divulgou nesta quinta-feira declarações de Hussein el-Halil, assessor político do líder do braço armado do Hezbollah, Hassan Nasrallah, criticando o Governo libanês por aceitar que uma força multinacional controle a costa do país. A decisão "é um atentado injustificado à soberania libanesa, e não era necessária", disse, em declarações à televisão do Hezbollah, segundo a emissora.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.