O Exército de Israel voltou a atacar nesta quinta-feira, 24, a Faixa de Gaza, após militantes palestinos dispararem ao menos três foguetes e cinco morteiros contra o sul do país.
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Os novos ataques contra a Faixa de Gaza ocorrem um dia após o atentado a bomba que deixou uma pessoa morta e cerca de 30 feridas em um ponto de ônibus em Jerusalém.
Apesar de o atentado ter ocorrido em meio à escalada de ataques e represálias entre militantes da Faixa de Gaza e Israel verificada nos últimos dias, a polícia israelense disse não considerar que há uma conexão entre eles.
Segundo testemunhas locais, os ataques aéreos israelenses da madrugada desta quinta-feira atingiram um transformador de energia, provocando um blecaute na região.
Entre os alvos dos ataques estariam túneis usados para o tráfico de bens entre o território e Israel.
Não há relatos de vítimas dos ataques em nenhum dos lados.
A atual escalada da violência na região é a mais intensa desde a "Operação Chumbo Fundido" - a ofensiva israelense à Faixa de Gaza, de dezembro de 2008 a janeiro de 2009, que deixou cerca de 1,4 mil mortos do lado palestino e 13 do lado israelense.
Detenções
As autoridades israelenses anunciaram nesta quinta-feira a prisão de dois líderes do grupo militante palestino Jihad Islâmica na Cisjordânia, mas não informaram se a detenção tem relação com o atentado em Jerusalém ou com os disparos de foguetes da Faixa de Gaza.
Nenhum grupo reivindicou até agora a responsabilidade pelo atentado em Jerusalém.
A mulher morta no atentado foi identificada nesta quinta-feira como uma turista britânica de 60 anos. Seu nome não foi divulgado.
O primeiro-ministro de Israel, Biniyamin Netanyahu, prometeu na noite de quarta-feira agir "vigorosamente e responsavelmente" para restaurar a segurança no país após o atentado em Jerusalém.
Netanyahu advertiu os militantes palestinos de que Israel tem uma "vontade de ferro para defender seu Estado e seus cidadãos".
O premiê israelense atrasou em várias horas sua partida para a Rússia, onde está em visita oficial, por conta do atentado.
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