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Itália afasta chefes do serviço secreto em polêmica com a CIA

Medida foi tomada após acusações de que os serviços secretos teriam colaborado com a espionagem americana no seqüestro do imam Abu Omar em Milão, em 2003

Por Agencia Estado
Atualização:

O Conselho de Ministros da Itália anunciou nesta segunda-feira o afastamento de todos os chefes dos serviços de espionagem e a nomeação de novas autoridades após a polêmica suscitada pela suposta participação no seqüestro do imam Abu Omar pela CIA (agência de inteligência americana). O governo italiano anunciou nesta segunda-feira a nomeação de Bruno Branciforte para a chefia dos Serviços Secretos Militares (Sismi), no lugar de Nicolo Pollari; de Franco Gabrielli, para a direção dos Serviços de Informação e Segurança Democrática (Sisde), substituindo Mario Mori; e de Giuseppe Cucchi para o comando do Comitê Executivo para os Serviços de Informação e Segurança (Cesis), dirigido anteriormente por Emilio Del Mese. As substituições foram feitas depois do escândalo criado pelas acusações da Justiça de Milão de que os serviços secretos teriam colaborado com a espionagem americana no seqüestro do imam Abu Omar, em Milão, em fevereiro de 2003. O diretor do Sismi, o general Nicola Pollari, foi interrogado pela Procuradoria de Milão pelo caso depois que foi decretada a prisão domiciliar do diretor de operações deste serviço, Marco Mancini, e do general Gustavo Pignero. Os investigadores tentam determinar se Pollari sabia da operação da CIA e se o governo italiano tinha informações sobre as atividades dos serviços secretos americanos em território nacional. Segundo a Procuradoria de Milão, o imam Abu Omar, suspeito de terrorismo internacional, teria sido seqüestrado neta cidade por 22 agentes da CIA sobre os quais há um pedido de extradição à espera de aprovação por parte do Ministério da Justiça italiano.

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