Itália apresenta programa para reabertura a partir de 4 de maio

Trabalhadores dos setores da indústria e da construção puderam retomar suas atividades nesta segunda-feira, enquanto outros setores cumprirão um cronograma específico entre maio e junho 

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Por Redação
Atualização:

ROMA - O governo italiano apresentou o programa para o desconfinamento gradual do país a partir de 4 de maio, após um bloqueio de quase dois meses para impedir a propagação do coronavírus

Trabalhadores dos setores da indústria e da construção puderam retomar suas atividades nesta segunda-feira, 27, enquanto outros setores cumprirão um cronograma específico entre maio e junho. 

O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, fala à imprensa em Milão Foto: Matteo Corner/EFE

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As escolas permanecerão fechadas até setembro, de acordo com a decisão do governo, juntamente com um grupo de especialistas, que alertou que se a curva de contágio do vírus, que causou cerca de 27 mil mortes, aumentar novamente, as medidas drásticas poderão ser impostas novamente. 

Máscaras e distância de segurança

"Se você ama a Itália, deve evitar o risco de espalhar a infecção: deve respeitar a distância de segurança", afirmou o primeiro-ministro Giuseppe Conte na noite de domingo, recomendando o uso de máscaras faciais mesmo em reuniões com familiares. 

"Cientistas e especialistas nos dizem que pelo menos 1 em cada 4 infecções são registradas nas relações familiares", disse. 

A máscara será obrigatória no transporte público e seu preço foi fixado em € 0,50 por unidade. Além das máscaras cirúrgicas, as máscaras de tecido caseiro também podem ser usadas desde que cubram o nariz e a boca.

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Mobilidade e deslocamentos

Os italianos poderão de deslocar para visitar parentes em outras regiões, respeitando as medidas de proteção, principalmente no caso de idosos. No entanto, eles não podem realizar festas ou reuniões familiares com mais de 15 pessoas, que são proibidas. 

Para se deslocar para outra região, devem apresentar uma declaração indicando o local e o motivo da viagem. "Está proibido se deslocar para outras regiões, exceto por motivos de trabalho, situações de necessidade ou saúde", explicou. 

Pessoas com sintomas de coronavírus, incluindo problemas respiratórios ou febre acima de 37,5° C, devem ficar em casa e reportar seu estado ao médico do serviço social. 

As missas ainda estão proibidas, mas os funerais realizados em um cemitério ao ar livre e com um máximo de 15 pessoas foram autorizados.

Atividade física, idas ao parque

Parques e jardins públicos serão reabertos, mas as atividades sociais não podem ser organizadas. Os prefeitos podem ordenar o fechamento ou limitar o acesso se as regras de distanciamento social forem violadas. 

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A atividade ao ar livre foi autorizada, mesmo longe de casa, respeitando uma distância de dois metros entre as pessoas para uma atividade esportiva e, pelo menos, um metro se for uma caminhada. 

Com poucos visitantes, grama cresce pelo calçamento em Roma Foto: Alessandro Di Meo/EFE

Atletas profissionais que praticam atividades individuais poderão treinar desde que respeitem a distância de segurança e a portas fechadas. 

Para esportes coletivos, será necessário aguardar até 18 de maio. As equipes de futebol podem retomar o treinamento, mas o destino do campeonato italiano de futebol permanece incerto.

Lojas e museus

Lojas e varejo poderão abrir a partir de 18 de maio, no mesmo dia em que museus e exposições serão abertos ao público. 

Bares e restaurantes poderão funcionar, mas apenas preparar alimentos para entrega a domicílio ou locais de trabalho, embora o governo espere que em 1º de junho sejam abertos cafés, restaurantes, cabeleireiros e centros de massagem. "Não queremos filas ou manifestações em frente a bares e restaurantes", explicou Conte.

Escolas fechadas até setembro

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Os alunos não retornarão às salas de aula antes de setembro. "Os riscos de contágio nas escolas são altos. A saúde de nossos filhos está em jogo", explicou o primeiro-ministro. 

No entanto, os alunos do ensino médio poderão fazer o exame tradicional de bacharelado oral em sala de aula, e não à distância, como se pensava anteriormente./AFP 

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