25 de junho de 2018 | 22h27
ROMA - O porta-contêiner dinamarquês "Alexander Maersk" - com 108 emigrantes a bordo resgatados na sexta-feira na costa líbia - foi autorizado nesta segunda-feira à noite a entrar em Pozzalo, depois de três dias de espera em frente a esse porto do sul da Sicília, constatou a France Presse.
O navio entrou esta noite no porto, ajudado por um rebocador. Na sexta-feira, o barco havia alterado a sua rota para socorrer 113 pessoas em frente à costa da Líbia. No sábado, cinco delas - incluindo quatro crianças e uma mulher grávida - foram desembarcados na Sicília.
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A ministra dinamarquesa de Imigração e Integração, Inger Stjøberg, disse nesta segunda-feira que pensava em enviar uma carta a Matteo Salvini, ministro italiano do Interior, para pedir que ele atuasse para que os emigrantes não permanecessem mais tempo no barco.
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Salvini, que também é vice-primeiro-ministro e líder do partido de extrema direita Liga, insistiu nesta segunda-feira que não autorizará mais barcos de ONGs estrangeiras que tenham resgatado emigrantes em frente à Líbia a atracar em portos italianos.
Os barcos da Guarda Costeira italiana foram autorizados a atracar para que os emigrantes auxiliados desembarquem.
Entretanto, foi a primeira vez que um navio mercante, - que a Guarda Costeira solicitou intervenção para socorrer emigrantes - ficou bloqueado em frente a um porto esperando ordens das autoridades marítimas italianas.
Aquarius. A Itália e Malta não permitiram no início do mês que o navio Aquarius, da ONG francesa SOS Méditerranée, com 629 imigrantes resgatados na costa da Líbia, atracasse em seus portos. O navio ficou à deriva no Mediterrâneo depois que o ministro do Interior italiano, Matteo Salvini, declarou que “a Itália começa a dizer não ao tráfico de seres humanos” e à imigração ilegal, em mensagem nas redes sociais. Após um impasse diplomático, a Espanha recebeu o navio com os imigrantes. / AFP
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