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Itália confisca US$ 1,1 bilhão em bens e ativos da família Kadafi

Medida foi tomada atendendo a pedido do TPI, em Haia; órgão quer extradição de filho do ex-ditador

Por AE
Atualização:

Texto atualizado às 18h19

 

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ROMA - A polícia financeira da Itália anunciou nesta quarta-feira, 28, o confisco de mais de US$ 1,1 bilhão em ativos e bens controlados pela família Kadafi na Itália. O confisco foi feito a pedido do Tribunal Penal Internacional (TPI), com sede na Holanda, que tenta obter do governo interino líbio a extradição do filho do falecido governante Muamar Kadafi, Seif al-Islam Kadafi, a Haia, onde deverá enfrentar acusações de crimes contra a humanidade.

 

Muamar Kadafi foi executado por insurgentes líbios em outubro do ano passado. A família Kadafi, contudo, possui um patrimônio de vulto na Itália, ex-metrópole colonial da Líbia.A polícia financeira "confiscou hoje (quarta-feira) os ativos fixos e móveis, as ações da família Kadafi nas empresas (italianas) e contas correntes nos bancos", disse o comunicado, que também listou o valor total dos ativos e bens confiscados.A família Kadafi tem ações em grandes empresas italianas, como o banco UniCredit, a petrolífera paraestatal ENI e a montadora de automóveis e veículos Fiat. As ações foram confiscadas. Segundo as informações da agência Ansa, US$ 611 milhões confiscados correspondem a ações que a família do falecido governante tem no UniCredit, maior banco de varejo da Itália. Também foram confiscadas ações da família Kadafi na Finmeccanica, uma corporação italiana que produz armamentos e bens de capital.A polícia também afirma que confiscou as ações da família Kadafi no time de futebol Juventus de Turim, um edifício em Roma, 150 acres de florestas na ilha de Pantelleria e dois automóveis. Também foram confiscados bens e dinheiro de Abdullah al Senoussi, ex-chefe da espionagem de Kadafi. As informações são da Dow Jones

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