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Itália diz ter cumprido condições para libertar jornalista

Repórter italiano seqüestrado no Afeganistão aguarda libertação

Por Agencia Estado
Atualização:

O Ministério das Relações Exteriores da Itália afirmou neste domingo que "foram cumpridas" todas as condições colocadas para a libertação do jornalista Daniele Mastrogiacomo, seqüestrado no Afeganistão há 13 dias por um grupo taleban. O ministério afirmou que, "nesta fase extremamente delicada", é "necessário" pedir à imprensa "que mantenham silêncio", segundo um comunicado. Esse pedido à imprensa de não dar informações sobre o caso é para "facilitar o trabalho" das organizações humanitárias envolvidas nos contatos para conseguir "a desejada libertação de Mastrogiacomo", acrescenta o ministério. Pouco antes, o primeiro-ministro da Itália, Romano Prodi, afirmou aos jornalistas que, naquele momento, havia "poucas coisas que poderiam ser feitas", pois estava anoitecendo no Afeganistão, mas os trabalhos continuavam. De Cabul, chegaram notícias sobre a libertação do jornalista do diário "La Repubblica", seqüestrado em 5 de março por um grupo taleban na província de Helmand (oeste do Afeganistão), mas estas informações não foram confirmadas pelas autoridades italianas. Os seqüestradores pedem a libertação de três importantes membros do taleban presos no país: Abdul Latif, Ustad Yasser e Mohammed Hanifi. Cárcere Mastrogiacomo foi seqüestrado junto com um intérprete e um motorista, ambos afegãos. O motorista Said Agaha pode ter sido assassinado esta semana por seus seqüestradores, que o consideraram efetivamente um espião, afirmou o comandante taleban da província de Helmand, Ibrahim Hanifi. Na quarta-feira passada, veio à luz um vídeo de Mastrogiacomo pedindo que o Governo italiano trabalhasse por sua libertação. No dia seguinte, em uma gravação de voz muito confusa e com som ruim, alguém que se identificou como sendo o jornalista dizia que, se os pedidos dos talebans não fossem atendidos, eles o matariam.

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