
16 de agosto de 2020 | 17h50
ROMA - O governo da Itália anunciou neste domingo, 16, que fechará discotecas e clubes e tornará obrigatório o uso de máscara ao ar livre em algumas áreas durante a noite, na primeira reimposição de restrições à medida que os casos de coronavírus aumentam em todo o país, especialmente entre pessoas mais jovens. A regra passa a valer a partir desta segunda-feira até, pelo menos 7 de setembro.
Os novos casos na semana passada na Itália, o primeiro país europeu a ser duramente atingido pelo coronavírus, foram mais do que o dobro dos registrados há três semanas e a idade média das pessoas que contraem o vírus caiu para menos de 40 anos, mostraram os dados.
As novas regras começarão a valer dois dias após um feriado italiano conhecido como "ferragosto", quando muitos jovens, de férias, saem para dançar e frequentar as praias.
As máscaras serão exigidas entre 18h e 6h em áreas próximas de bares e pubs e onde os encontros são mais prováveis.
“Não podemos anular os sacrifícios feitos nos últimos meses. Nossa prioridade deve ser a de abrir escolas em setembro, com toda a segurança”, disse o ministro da Saúde, Roberto Speranza, no Facebook. No sábado, ele havia exortado os jovens a serem o mais cautelosos possível, pois “se infectarem seus pais e avós, corriam o risco de causar danos reais”.
O decreto também suspende o funcionamento das discotecas ao ar livre, já que os locais de festa em espaços fechados não haviam sido autorizados a retomar as atividades.
A medida foi anunciada após várias divergências entre o governo central e as autoridades regionais a respeito das restrições que deveriam ser aplicadas no setor de lazer noturno, que emprega quase 50 mil pessoas.
A imprensa publicou nos últimos dias imagens de vários grupos de jovens dançando em discotecas ao ar livre, ignorando as advertências das autoridades de saúde.
A Itália, primeiro país europeu afetado pelo coronavírus, registra 254 mil contágios e mais de 35 mil mortes por covid-19. /REUTERS e AFP
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