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Itália irá retirar tropas do Iraque até o fim do ano

A Itália possui cerca de 2.700 soldados na região de Nassíria, 320 quilômetros a sudeste de Bagdá

Por Agencia Estado
Atualização:

A Itália anunciou nesta quarta-feira, 07, sua intenção de retirar até o fim do ano todos os seus soldados enviados ao Iraque, numa ação que reduzirá ainda mais o número de soldados estrangeiros ajudando o Exército dos Estados Unidos no país árabe. O ministro das Relações Exteriores da Itália, Massimo D´Alema, informou hoje, durante visita-surpresa a Bagdá, que seu país começará a reduzir já em junho sua presença militar no Iraque e a retirada estará concluída até o fim do ano. Depois do anúncio, o chanceler iraquiano, Hoshyar Zebari, assegurou que as forças locais de segurança estarão prontas para desempenhar suas funções nas áreas deixadas pelos italianos. A Itália possui cerca de 2.700 soldados na região de Nassíria, 320 quilômetros a sudeste de Bagdá. Cerca de 1.600 soldados deverão ser retirados já este mês. O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, um defensor declarado da invasão do Iraque, já havia prometido a retirada, mas esta é a primeira vez que um cronograma é divulgado. A decisão condiz com as promessas de campanha da coalizão de centro-esquerda liderada por Romano Prodi, vencedor das mais recentes eleições italianas. A Itália segue Espanha e Bulgária na decisão de retirar as tropas do Iraque. Cerca de 150.000 soldados estrangeiros encontram-se no país árabe invadido por forças lideradas por Estados Unidos e Grã-Bretanha em 2003 em busca de armas de destruição em massa que nunca vieram a ser encontradas. Cerca de 130.000 desses soldados são americanos. Enquanto isso, o primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki, cumpriu hoje a promessa de libertar os primeiros 600 de um grupo de 2.000 prisioneiros mantidos em penitenciárias iraquianas. Maliki, um xiita, declarou a segurança e a reconciliação entre xiitas e sunitas como prioridades de seu governo. Ele havia anunciado na terça-feira que 2.500 prisioneiros seriam libertados, mas hoje reduziu para 2.000 o número de beneficiados com a revisão de caso. Os cerca de 1.400 detentos restantes serão libertados ao longo dos próximos dias em grupos de mais de 400 prisioneiros. Enquanto isso, pelo menos 14 pessoas perderam a vida no Iraque nesta quarta-feira em episódios de violência ocorridos em diferentes partes do país.

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