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Itália pede que Otan suspenda ataques contra a Líbia

Chanceler italiano diz que medida seria necessária para permitir entrega de ajuda humanitária

Por BBC Brasil
Atualização:

O ministro das Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, pediu nesta quarta-feira, 22, que a Otan suspenda os ataques contra a Líbia para permitir que ajuda humanitária seja entregue ao país.

 

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A aliança militar ocidental vem promovendo uma campanha de bombardeios aéreos contra alvos militares ligados ao líder da Líbia, o coronel Muamar Kadafi, e seus correligionários, desde março deste ano, em resposta à repressão violenta pelo governo contra a rebelião popular no país.

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Erro da Otan

Frattini pediu ainda que a Otan ofereça dados concretos sobre erros cometidos em seus bombardeios. No domingo, um míssil da Otan que teria errado o alvo atingiu uma área residencial. O governo da Líbia disse que o ataque matou nove pessoas, entre elas duas crianças. O bloco militar reconheceu que a ação militar teria feito vítimas civis. De acordo com Frattini, a aliança pôs sua credibilidade ''em risco'' com erros como este.

 

Pressão árabe

O secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa, havia criticado a ação da Otan na terça-feira. ''Quando vejo crianças sendo mortas, fico com restrições'', disse, em entrevista ao jornal britânico The Guardian. Moussa defendeu ainda uma solução negociada para pôr fim ao conflito. ''Não há como ter um final decisivo. Agora é a hora de fazermos o que pudermos para alcançar uma solução política'', disse Moussa. A Liga Árabe endossou a ação da Otan, que foi implementada de acordo com mandato da ONU. A operação vinha sendo comandada coletivamente por Grã-Bretanha, França e Estados Unidos, mas o comando passou a ser exercido pela Otan a partir do final de março. Incialmente, a missão tinha um prazo de 90 dias, que venceria no próximo dia 27 de junho, mas a operação foi prolongada por mais 90 dias. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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