Horas antes de uma reunião do Conselho de Segurança, Gentiloni disse que a ONU precisa "dobrar seus esforços" para promover o diálogo político entre os líbios, que estão divididos entre milícias que lutam entre si, facções islamitas e rivalidades tribais.
Gentiloni afirmou que a única solução para a questão líbia é política, opinião compartilhada pelo papa Francisco. Nesta quarta-feira, o pontífice pediu orações para que "a comunidade internacional possa encontrar soluções pacíficas para a difícil situação na Líbia".
Na semana passada, a Itália parecia apoiar uma intervenção militar, mas desde então o primeiro-ministro Matteo Renzi tem destacado a importância de diplomacia. A realização de uma reunião de facções líbias em Gadamés, na Líbia, em 11 de fevereiro, parece ter sido "um passo na direção certa", disse Gentiloni.
A Itália está pronta para monitorar um cessar-fogo, contribuir para esforços de paz, reparar infraestrutura e fornecer treinamento militar para que as milícias possam se integrar ao Exército regular, afirmou ele.
A Itália, de quem a Líbia foi colônia, manteve relações econômicas e políticas próximas com Trípoli durante o longo governo do ditador Muamar Kadafi, deposto em 2011.
O fato de algumas ilhas italianas estarem a algumas centenas de quilômetros da Líbia, fez com que a Itália receba uma grande quantidade de imigrantes que chegam da Líbia pelo Mar Mediterrâneo. Autoridades dizem que se o caos na Líbia aumentar o mesmo deve acontecer com o número imigrantes do país, sem esquecer os que fogem da guerra na Síria e de outros conflitos.
Autoridades italianas também temem que terroristas que apoiam o grupo Estado Islâmico possam se misturar aos imigrantes e chegar à Itália pelo mar. Fonte: Associated Press.