PUBLICIDADE

Itália resgata 4 mil imigrantes no mar em 48 horas, diz ministro

Roma pede que a União Europeia seja mais atuante na fiscalização dos mares

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

ROMA - A Itália resgatou 4 mil imigrantes em embarcações que tentavam chegar na Europa nas últimas 48 horas, afirmou nesta quarta-feira, 9, o ministro do Interior Angelino Alfano.

PUBLICIDADE

As melhores condições marítimas e os confrontos na Líbia - com o aumento das milícias três anos depois da queda de Muamar Kadafi - aumentaram o número de pessoas que se arriscam em uma viagem por mar para deixar o norte da África e chegar à Europa. "A situação de emergência piora e as embarcações não param de chegar", explicou Alfano, em entrevista para a rádio estatal RAI.

Roma tem pedido que a União Europeia assuma um papel maior na vigilância dos mares, já que os imigrantes que chegam na Itália viajam para outros países europeus. Segundo Alfano, 15 mil imigrantes chegaram no país desde o início do ano.

Entre os resgatados nos últimos dois dias, está um grupo de 1.049 pessoas com 91 mulheres e três bebês. Eles foram levados para a ilha de Sicília.

Alfano disse que nesta quarta-feira dois barcos comerciais, avisados por forças de segurança italianas, estavam ajudando a resgatar 661 pessoas. Ao menos um imigrante morreu durante a viagem.

"Enquanto conversamos, existem traficantes de pessoas, comerciantes da morte, ganhando e lucrando com seres humanos, com a morte de outros homens e até com nossos resgates no mar, porque isso encurta a viagem (dos imigrantes), ou seja, são mais benefícios e menos riscos", afirmou o ministro.

A Itália é uma porta de entrada para a Europa muito utilizada por imigrantes ilegais que cruzam o Mediterrâneo em embarcações frágeis e lotadas.

Publicidade

Após dois naufrágios em outubro do ano passado, um em que 366 se afogaram e outro em que 200 pessoas morreram, a Itália colocou mais vigilância nas águas da Sicília./ REUTERS

 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.