Já são 43 os mortos desde o início do "roteiro da paz"

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Por Agencia Estado
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Um atentado suicida palestino contra um ônibus em Jerusalém, nesta quarta-feira, matou 16 pessoas. A resposta israelense, com mísseis disparados contra Gaza, deixou sete mortos. Com os números de hoje, são 22 os palestinos e 21 os israelenses mortos desde que o presidente americano, George W. Bush, investiu o prestígio de sua administração numa cúpula entre as partes, realizada em 4 de junho em Ácaba, Jordânia. O novo plano, ou "roteiro" para a paz, apoiado pelos Estados Unidos, contempla o fim dos 32 meses de violência no Oriente Médio, situação que já matou mais de 3.000 pessoas. O atentado suicida, em uma das áreas mais policiadas de Jerusalém, também sublinhou a vulnerabilidade de Israel e a ineficácia dos esforços da Autoridade Palestina para persuadir grupos militantes como o Hamas a abandonar as ações violentas. O primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, afirmou na noite de hoje, depois da retaliação contra os palestinos em Gaza - onde morreram dois militantes do grupo Hamas - , que "o Estado de Israel continuará a perseguir até o fim os terroristas e aqueles que os enviam". Palestinos identificaram o militante suicida como Abdel Madi Shabneh, de 18 anos, um estudante do ensino médio em Hebron. Soldados israelenses chegaram à sua casa ainda durante a tarde e vasculharam o local. O Hamas assumiu a responsabilidade pelo atentado suicida, que foi criticado por líderes palestinos. O primeiro-ministro palestino, Mahmoud Abbas, exortou num comunicado os dois lado a "passarmos imediatamente para a implementação do roteiro para a paz".

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