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Já são 57 os mortos em atentado à bomba no Paquistão

Autoridades temem que episódio desencadeie uma escalada de violência religiosa entre sunitas e xiitas

Por Agencia Estado
Atualização:

Subiu para 57 o número de mortos no atentado de terça-feira na cidade de Karachi, capital da província de Sindh, sul do Paquistão, informam nesta quarta-feira fontes oficiais citadas por meios da imprensa local. O ataque ocorreu à tarde no parque Nishtar, onde estavam reunidos cerca de 50 mil sunitas convocados pelo movimento Suni Tehlik para comemorar o aniversário do nascimento do profeta Maomé. Segundo o jornal local "The Jang", um ou dois agressores subiram ao palanque no meio da oração, se aproximaram de um grupo de clérigos sunitas e na frente dos religiosos detonaram os explosivos que traziam. O governo paquistanês indicou acreditar que tenha se tratado de um ataque suicida, mas ainda não confirmou essa informação. A forte explosão debaixo do palanque onde eram feitas as orações causou a morte imediata de 48 pessoas. Mais de cem ficaram feridas. Destas, nove morreram posteriormente, o que elevou o número de mortos para 57. Protestos Nesta quarta-feira houve vários protestos na cidade. Nas manifestações, a multidão exibiu bandeiras pretas e queimou vários veículos, o que obrigou a polícia a utilizar gás lacrimogêneo para controlar a situação. Entre os mortos na explosão, segundo fontes policiais, está Haji Hanif Billu, líder do Suni Tehlik, uma organização sunita considerada não sectária. O presidente do Paquistão, general Pervez Musharraf, e o primeiro-ministro, Shaukat Aziz, condenaram o ataque e afirmaram que os autores deste tipo de violência "não têm religião e devem ser punidos". Após o incidente, o governador de Sindh, Ishratul Ebad Khan, fez uma reunião de emergência para discutiu a situação de segurança em Karachi, diante do temor de uma escalada da violência sectária entre sunitas e xiitas.

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