28 de agosto de 2010 | 20h16
Coreia do Sul, Japão e EUA, assim como outros países, acusaram a Coreia do Norte de ser responsável pelo afundamento de um navio de guerra da Coreia do Sul em março, mas Pyongyang negou qualquer envolvimento no incidente, que provocou a morte de 46 marinheiros sul-coreanos. A Coreia do Sul não quer retomar as negociações de seis partes a menos que a Coreia do Norte mostre atitude responsável em relação ao naufrágio e tomes medidas para o desarmamento nuclear.
De qualquer modo, tanto o Japão quanto a China partilham da visão de que as negociações são muito importantes e irão cooperar para prosseguir com as negociações e para o desarmamento nuclear da Coreia do Norte, disse Sato.
A China tem acelerado seus esforços para retomar o diálogo. No início do mês, enviou o representante especial para assuntos da Península Coreana, Wu Dawei, para Pyongyang para promover a relação da Coreia do Norte com as outras partes.
Okada também levantou a questão da visita do líder da Coreia do Norte, Kim Jon Il, à China durante o diálogo com Yang, mas "Yang não respondeu à pergunta", disse Sato. Kim provavelmente retornou para a Coreia do Norte hoje, com apoio diplomático e financeiro para a transferência do poder para seu filho mais novo, após se reunir com o presidente da China, Hu Jintao, na cidade de Changchun, no noroeste da China, ontem, disseram a imprensa sul-coreana e japonesa.
Relação Japão-China
Em relação à economia, o Japão expressou preocupação com o controle da China sobre as exportações de terras raras, metal utilizado na indústria de tecnologia, pedindo a Pequim que garanta oferta suficiente do material para o mercado global, uma vez que restrições irão afetar cadeias globais de indústrias tais como de fabricantes de computadores e até para as próprias indústrias chinesas.
Em resposta, o ministério do Comércio da China, Chen Deming, defendeu a política da China, dizendo que as restrições sobre as exportações de terras raras ajudarão a proteger o meio ambiente, informou a agência de notícias Xinhua. A China é o maior produtor de elementos de terras raras, utilizados na fabricação de motores híbridos, memórias de computadores e componentes de alta tecnologia.
O Japão também pediu tratamento igual para as indústrias fabricantes de automóveis que atuam na China e que fabricam veículos movidos a novas energias, uma vez que as recentes políticas chinesas favoreceram as companhias domésticas.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.